Fonte: Terra.
Adaptado por Lidiane .
Adaptado por Lidiane .
Brasil.
Os estudantes brasileiros e a depressão
Com novos programas de intercâmbio, inclusive com aqueles financiados pelo governo, como o Ciência sem Fronteiras, cada vez mais estudantes brasileiros se especializam ou cursam parte da faculdade no exterior.
Com uma comunidade acadêmica crescente fora do País, os problemas envolvendo jovens também aumentaram. “Temos tido bastantes problemas com estudantes de intercâmbio particulares, que vão estudar sobretudo inglês e estão procurando outros países como Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Inglaterra.
Temos tido problema com a Justiça, por desconhecimento da legislação local, condução de automóvel”, diz, dando como exemplo o caso do brasileiro Fernando Cruz, 22 anos, que foi preso em Miami, nos Estados Unidos, após ameaçar derrubar um avião que viajaria do país para o Brasil. “O que esse rapaz fez em Miami, de mandar um e-mail com uma gracinha, dizendo que havia um voo como alvo, no Brasil ele não seria preso, necessariamente, mas foi uma molecagem. Lá há lei que não temos aqui, como a de segurança da aviação civil, e as pessoas que viajam não sabem.”
Porém, o principal problema que os estudantes brasileiros enfrentam no exterior, segundo a ministra, são os de ordem psicológica. “Dificuldade de adaptação, seguida de depressão, muitas vezes casos seríssimos, dependentes de medicamentos para controlar problemas psiquiátricos. Talvez o maior problema que enfrentamos seja esse.”
“O problema maior é o de adaptação e isolamento. Em 2013, tivemos uns três suicídios e umas duas ameaças”, contabiliza a ministra. Segundo ela, isso ocorre porque os estudantes são jovens e, muitas vezes, saem da casa dos pais direto para o exterior.
“Eles não estão acostumados a controlar o orçamento, têm a bolsa de estudos, não conhecem a economia doméstica, isso acaba sendo uma fonte de angústia muito grande. Muitos vêm de família de baixa renda, então eles têm muita dificuldade para se manter. Descobrem que a adaptação local não é muito fácil como se pensava. A pessoa tem insegurança, qualquer espécie de problema, aquilo se agrava muito”, explica Luiza Lopes.
Segundo ela, para tentar minimizar o problema, o Itamaraty contrata psicólogos para atender os intercambistas fora do País. “Temos atendido muitos estudantes, no Porto (Portugal), em Vancouver (Canadá). Os nossos psicólogos têm trabalhado muito. Como são cidades que temos comunidades grandes, podemos nos dar ao luxo de contratar brasileiros lá (psicólogos). Então temos dado esse apoio, essas pessoas precisam de um ombro amigo”, diz.
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